terça-feira, 25 de maio de 2010

No XVI aniversário do GAF

“Uma sociedade activa é caracterizada pela oportunidade e pela escolha, coesão e solidariedade. É sensível às necessidades económicas e sociais em mutação e permite aos seus membros agir sobre o sentido da mudança. O futuro começa hoje: as sociedades criam no presente as estruturas que lhes permitirão funcionar no futuro.”
(in «Conduzir a Mudança Estrutural». Relatório OCDE, Paris, 1991)
[O fim] «O Gabinete propõe-se criar um espaço de serviço humano e espiritual privilegiado para preparar, prevenir, reformular, reconstruir, desenvolver e repensar a família para os desafios que o mundo contemporâneo lhe coloca.» (Estatutos - Artigo 3 )
Em 1994, por proposta da Organização das Nações Unidas (ONU), o dia 15 de Maio passou a ser assinalado como o Dia Internacional da Família. Nesse mesmo ano, a 24 de Maio, no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Família, por iniciativa da Ordem dos Padres Carmelitas, foi criado o GAF: Gabinete Social de Atendimento à Família.
As preocupações de intervenção social bem patentes no objectivo que orientou a criação desta Instituição Particular de Solidariedade Social aliam-se, desde a sua génese, a um trabalho em parceria com as diversas instituições locais que, directa ou indirectamente, prestam serviço à família.
O GAF apresenta como missão desenvolver respostas sociais de qualidade, com um espírito humanista e solidário, que promovam os direi-tos, a qualidade de vida, a inclusão e a cidadania de indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social e/ou económica. A sua visão é tornar-se uma referência nacional no âmbito da intervenção social, pela inovação das suas práticas e pela qualidade dos serviços prestados às comunidades.
Esta consistência e complementaridade só é possível através da observação e manutenção de um sistema de valores partilhado, que dê sentido e significado às suas práticas. O GAF, fundado por intermédio de referências centrais à mensagem cristã, pressupõe e revê-se em princípios éticos universais, traduzidos na seguinte matriz de valores:
Família - Uma unidade estruturante da sociedade e o contexto mais significativo do desenvolvimento do ser humano. Tendo um desígnio educativo e formativo tão exigente, e uma responsabilidade crucial no equilíbrio psicossocial dos seus membros, o GAF pretende, por isso, potenciar as suas diferentes dimensões, pro-movendo a qualidade das experiências e relações interpessoais aí vividas;
Equidade - Proceder de forma justa e imparcial, actuando segundo princípios de neutralidade, sem prejudicar ou beneficiar alguém em função da sua ascendência, idade, sexo, orientação sexual, convicções políticas, ideológicas ou religiosas, nível sócio-económico, condição de saúde e eliminando efeitos de preconceitos ou ideias pré-concebidas;
Individualidade - A par da não discriminação, é essencial o respeito pelas características individuais e experiências de vida que definem a pessoa e a distinguem dos demais;
Autodeterminação - Respeitar tanto quanto possível as escolhas e decisões dos utentes é um factor essencial quer para o seu bem-estar físico e emocional, quer para a sua autonomização;
Autonomia - Promoção e incentivo à autonomia dos utentes, encorajando a sua independência e auto-suficiência;
Confidencialidade - Preservar a integridade e privacidade dos utentes, assim como actuar com reserva e discrição no que respeita a informações pessoais de carácter sigiloso, não as divulgando ou utilizando em proveito pessoal e/ou de terceiros;
Inovação - A antecipação de necessidades e problemas, assim como o surgimento de novos desafios e problemáticas, exige a constante evolução das práticas. Com efeito, fomenta-se a inovação através de um ambiente estimulador de impulsos criativos e de uma atitude empreendedora de todos os membros;
Qualidade - Cultivar o rigor, eficiência e a transparência nas práticas, de forma a providenciar serviços personalizados e com qualidade, orien-tados para o cliente e para a sociedade.
Seguindo estes objectivos, todos os anos o GAF desenvolve Jornadas de reflexão, onde através de seminário e workshops, é possível debater e reflectir os problemas sociais actuais e formas de actuação. Este ano — Ano Europeu de Com-bate à Pobreza e Exclusão Social —, as Jornadas decorrerão nos dias 27 e 28 de Maio, no Auditório da ESTG/IPVC de Viana do Castelo, com o tema “Construir alternativas para a inclusão social”.
Dra Isabel Fernandes, Coordenadora do GAF
Chama do Carmo I NS 71 I Maio 16, 2010

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