sábado, 18 de setembro de 2010

Um textinho na véspera da sua proclamação como bem-aventurado

Deus criou-me para fazer um serviço definido: confiou-me uma tarefa que não confiou a mais ninguém.
Eu tenho a minha missão. Talvez jamais a conheça nesta vida, mas na outra ser-me-á revelada.
Sou um anel de uma corrente, um vínculo de ligação entre pessoas.
Ele não me criou para o nada.
Executarei a sua tarefa. E bem.
Serei um anjo de paz, um pregador da verdade no meu próprio lugar, ainda que apenas observando os seus mandamentos.
Por isso, confiarei n’Ele. O que quer que seja, onde quer que seja, jamais posso ser deitado fora.
Se estiver doente, que a minha doença o sirva.
Se estiver angustiado, que a minha angústia o sirva.
Ele nada faz em vão. Ele sabe bem do que se trata.
Ele pode levar meus amigos.
Ele pode lançar-me entre estranhos.
Ele pode fazer que me sinta desolado, fazer o meu espírito naufragar e esconder-me o futuro.
Em tudo isso. Ele sabe o que faz.

John Henry Newman (1801-1890)

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