terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pequena crónica dum encontro dos jovens carmelitas com Deus e Santa Teresa de Jesus - o XVII Horeb

Vimos e vivos.
Não se pode dizer que o XVII Horeb do Carmo Jovem tenha terminado, pois não era essa a sua função. Há-de certamente continuar nos cânticos que cantaremos nas carminhadas e noites escuras. Mas terminou enquanto espaço de tempo que demos à música e à oração, ao encontro com Deus e à amizade com quem gosta de andar por estas andanças.
Foi digno de aclamação. O frio se houve foi só por fora. Por dentro nem desânimos nem cedências. Éramos quase trinta jovens Carmelitas reunidos em Praia de Mira, numa sala que o sol da manhã aconchegou. Lá fora muito frio, cá dentro a música, o gosto e o empenho faziam suar.
Todos levaram caçarolas e ainda quatro violas, três flautas, uma delas transversal, um guião para rezar e cantar, um batuque, gargantas prontas a cantar e bocas que aprenderam a silenciar. Também forram carros, máquinas fotográficas, mochilas e sacos cama. E no meio de tudo andou Deus. Como sempre.
Nunca estes resumos ou crónicas dizem o que por lá cada um e todos juntos alcançamos sentir. Porém, é bom que se façam para que se saiba o quanto cada se ganhou. Vale a pena realizar o Horeb.
Também houve frio, água fria e camas duras. Mas tudo se vence quando o que fazemos é por Deus. Não vi quem não gostasse de ter participado. Foi diferente, foi juvenil, interessante, interactivo. E quem não sabia ficou a saber que dos tachos sai música para além da sopa.
Parabéns ao Frei João Rego que veio partilhar connosco seis canções do cautautor espanhol Rogelio Cabado e uma sua. Muito belo!
Parabéns à organização do Movimento pela sensibilidade e concretização do Horeb.
Parabéns aos amigos que nos visitaram, nos saudaram, nos legaram a herança de amor e serviço à Ordem e à Igreja, e aos que vieram comprometer-nos ainda mais com o Carmo Jovem.
Também vimos por lá o Frei Daniel Jorge desta Comunidade de Viana do Castelo. Outra bela presença. Não se esperava outra coisa. Aliás, de futuro, num futuro bem próximo, como será tão belo de ver que os jovens Carmelitas consagrados caminham, cantam e louvam lado a lado e em uníssono com os jovens leigos Carmelitas!
Fomos preparar o V Centenário do nascimento de Santa Teresa, e o que se pode dizer é que os jovens leigos e os jovens religiosos estão bem irmanados rumo a 2015.Vai ser concerteza muito belo.
No fim, estando todos tão cheios, dei por falta de duas coisas: dos antigos líderes do Movimento e dos membros seniores. Creio que temos de gerar a cultura de aparecer nestes momentos, para nos vermos e abraçarmos e animarmos, nem que seja para a Missa e almoço de Domingo. Senti falta dos jovens Carmelitas de Avessadas, Braga e Porto. Servem como ninguém as suas comunidades, mas quando as forças começam a faltar aos veteranos quem senão os jovens hão-de erguer o estandarte e animar-nos na subida ao monte? Estivessem eles presentes e eu os teria desafiado para uma festa-concerto jovem para finais de Março de 2015. Não tendo sido feito ali, daqui lhes lanço o desafio. Estou certo que existirá imaginação e amor suficientes para concretizá-lo.
A semente foi diligentemente lançada na Praia de Mira. Há ainda quatro anos pela frente. Tempo suficiente para crescermos e darmos frutos. Tempo suficiente para crescermos no diálogo com Deus, um diálogo mais santo e mais musical. Obrigado.
Ligados à nossa comunidade participaram cinco jovens.
(As foto aparecerão logo que possível.)
Frei João Costa

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