domingo, 21 de outubro de 2012

Dá-me lume!

Hoje iniciámos o Ano da Fé. Singelamente, que o tempo não está para grandes voos. Numa mão uma vela acesa, na outra o Credo dos Apóstolos. Mas primeiros abrimos a porta, seguindo o gesto de Bento XVI.
Depois cada um levou a vela para casa, para a acenderem durante a oração. Foi isso que nos foi sugerido não encerramento do último ano pastoral: que se acendesse aqui a vela e depois se pudesse renovar o gesto em casa. É uma forma de comunhão, de união de chamas. É uma esperança de incêndio!
A minha fé depende da tua, e a tua da minha. Por essa razão rezámos também por aqueles em quem a fé esmoeceu ou se apagou. Oxalá - rezámos - oxalá, vá brotando à nossa volta, o pedido: por favor dá-me lume!

1 comentário:

Anónimo disse...

DÁ-ME LUME
[Jorge Palma]

... muitas partes não dá para colocar a negrito!...

«Chegaste com três vinténs
e o ar de quem não tem
muito mais a perder
o vinho não era bom
a banda não tinha tom
mas tu fizeste a noite apetecer
mandaste a minha solidão embora
iluminaste o pavilhão da aurora
com o teu passo inseguro
e o paraíso no teu olhar

Eu fiquei louco por ti
logo rejuvenesci
não podia falhar
dispondo a meu favor
da eloquência do amor
ali mesmo à mão de semear
mostrei-te a origem do bem e o reverso
mostrei-te que o que conta no universo
é esse passo inseguro
e o paraiso no teu olhar

Dá-me lume, dá-me lume
deixa o teu fogo envolver-me
até a musica acabar
dá-me lume, não deixes o frio entrar
faz os teus braços fechar-me as asas
há tanto tempo a acenar

Eu tinha o espirito aberto
às vezes andei perto
da essencia do amor
porém no meio dos colchões
no meio dos trambolhões
a situação era cada vez pior
tu despertaste em mim um ser mais leve
e eu sei que essencialmente isso se deve
a esse passo inseguro
e ao paraiso no teu olhar

Dá-me lume, dá-me lume
deixa o teu fogo envolver-me
até a musica acabar
dá-me lume, não deixes o frio entrar
faz os teus braços fechar-me as asas
há tanto tempo a acenar

Se eu fosse compositor
compunha em teu louvor
um hino triunfal
se eu fosse critico de arte
havia de declarar-te
obra-prima à escala mundial
mas eu não passo dum homem vulgar
que tem a sorte de saborear
é esse passo inseguro
e o paraiso no teu olhar

Dá-me lume, dá-me lume
deixa o teu fogo envolver-me
até a musica acabar
dá-me lume, não deixes o frio entrar
faz os teus braços fechar-me as asas
há tanto tempo a acenar»