quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Mensagem final do sinodo dos bispos (VI)

. Aproveitando as novas oportunidades para a evangelização no mundo de hoje.
Esta coragem serena também afecta a forma como olhamos para o mundo de hoje. Não somos intimidados pelas circunstâncias dos tempos em que vivemos. Nosso mundo está cheio de contradições e desafios, mas continua a ser a criação de Deus. O mundo está ferido pelo mal, mas Deus amá-lo ainda. É o campo em que a semeadura da Palavra pode ser renovado para que ele dê frutos mais uma vez. Não há espaço para pessimismo nas mentes e corações daqueles que sabem que o seu Senhor venceu a morte e que o seu Espírito trabalha com força na história. Abordamos este mundo com humildade, mas também com determinação. Isto vem da certeza de que no final a verdade triunfará. Nós queremos ouvir no mundo o chamado de Cristo ressuscitado para testemunhar a seu nome. Nossa Igreja está viva e enfrenta os desafios que a história traz consigo com a coragem da fé e do testemunho de muitos seus filhos e filhas.
Sabemos que temos de enfrentar neste mundo uma batalha contra os “principados” e “potestades”, “os maus espíritos” (Efésios 6,12). Nós não ignorar os problemas que tais desafios trazer, mas eles não nos assustam. Isto é verdade, sobretudo para os fenómenos da globalização que deve ser para nós a oportunidade de ampliar a presença do Evangelho. Apesar dos sofrimentos intensos dos imigrantes que acolhemos como irmãos e irmãs, as migrações foram e continuam a ser ocasiões para espalhar a fé e construir a comunhão em suas várias formas. Secularização -, bem como a crise que trouxe a dominação da política e do Estado – exige que a Igreja repense sua presença na sociedade, sem, no entanto renunciar a se mesma. As muitas e sempre novas formas da pobreza abrem novas oportunidades para o serviço de caridade: o anúncio do Evangelho compromete a Igreja a estar com os pobres para assumir os seus sofrimentos, como Jesus. Mesmo nas formas mais amargas do ateísmo e do agnosticismo, podemos reconhecer – embora em formas contraditórias – não um vazio, mas um desejo, uma expectativa que aguarda uma resposta adequada.
Em face às questões que as culturas predominantes representam para a fé e para a Igreja, renovamos a nossa confiança no Senhor, certos de que, mesmo nestes contextos, o Evangelho é portador de luz e capaz de curar toda a fraqueza humana. Não somos nós que estamos realizando a obra de evangelização, mas Deus, como o Papa nos lembrou: “A primeira palavra, a verdadeira iniciativa, a actividade verdadeira vem de Deus e apenas colocando-nos na iniciativa divina, apenas por implorando esta iniciativa divina, nós também seremos capazes de se tornar – com ele e nele – evangelizadores “(Bento XVI, Meditação durante a primeira Congregação geral da Assembleia Geral XIII Ordinária do Sínodo dos Bispos, Roma, 8 de Outubro de 2012).

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